quinta-feira, 17 de junho de 2010


A jornalista Graça Araújo nasceu em Itambé, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, mas aos três anos de idade foi morar com a família em São Paulo onde estudou em escolas públicas e cursou jornalismo numa universidade particular. A jornalista passou por dificuldades em conciliar seus estudos com trabalho, pois desde cedo teve que ajudar a família. “Trabalhei como embaladora de enxoval de bebê, em uma fábrica de brinquedos e até em banco”, disse. O interesse pela área da comunicação surgiu na época em que trabalhava como secretária de uma revista. “Antes eu queria ser médica, como todo filho de família pobre que quer ajudar as pessoas. Mas achei no jornalismo a oportunidade de trabalhar o compromisso social”, revelou Graça.
Em 1983, Graça Araújo, já formada, veio tentar a vida no Recife. Ela tinha o desejo de trabalhar em rádio, mas ao longo da sua caminhada profissional, outras oportunidades foram lhe aparecendo. Graça chegou a trabalhar na Rádio Transamérica e na Rádio Clube. Nesta última, a experiência serviu como alicerce para continuar na sua jornada. “Foi na Clube que aprendi tudo sobre o que é jornalismo”, afirmou. O veículo televisão na vida dela surgiu como alternativa, mas, definitivamente, chegou para ficar. “Fui tirar férias da apresentadora Stella Maris do programa TV Mulher da Rede Globo e fiquei por um mês. A partir de então passei pela TV Manchete, TV Pernambuco e, hoje, TV Jornal”, afirmou.
Há 16 anos, Graça Araújo trabalha na afiliada do SBT na capital pernambucana. Começou como chefe de reportagem e, atualmente, assume a editoria e a apresentação do TV Jornal Meio-Dia. Há 4 anos, o rádio voltou a fazer parte da sua atividade profissional. Graça Araújo apresenta o programa Rádio Livre, da Rádio Jornal, pertencente ao Sistema JC de Comunicação. A atração vai ao ar de segunda à sexta das 14h às 16h.
A rotina de Graça Araújo é bastante atarefada. Ela acorda às 5h e começa a ler os jornais, ainda em casa. Às 6h 15, tem uma reunião de pauta por telefone Às 8h ela chega na emissora. “Considero a televisão um boing. Se você não souber conduzir, o telejornal pode declinar”, destacou Graça. A vontade de engrenar na profissão é um sonho concretizado pela jornalista. Mas ela ainda revelou um desejo: “Queria ser correspondente internacional antes. Mas, hoje, eu me contentaria em participar de um projeto de rede nacional daqui de Recife mesmo.”
O conteúdo do telejornalismo local é classificado por ela como apelativo. “A televisão está em busca de audiência. A qualidade dos nossos profissionais é excelente, mas os telejornais daqui estão explorando muito a área policial”, disse Graça. E ela ainda completou. “O bom jornalismo precisa de disposição, de investimento e estrutura. O nível do jornalismo no âmbito nacional vai melhor quando o nosso povo tiver uma alimentação e uma boa educação”, ressaltou.
A aluna Mariana Gallego disse que a idéia de trazer Graça Araújo para participar do programa da cadeira de Rádio IV partiu da constatação da larga experiência profissional que a jornalista tem. “O objetivo era entrevistar alguém como ela: uma perita na arte de entrevistar”, afirmou Mariana. Já o professor Carlos Benevides destaca a importância da atividade para os estudantes. “A intenção é preparar os alunos para desenvolverem o trabalho de reportagem”, afirmou.

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